segunda-feira, 4 de agosto de 2014

GUILHERME SETENTÃO por Lelé






Nessa semana o Blog Meninos da Avenida faz uma  homenagem especial a  um de seus grandes protagonistas que  completa setentinha no próximo dia 11 de agosto. Dia dos estudantes, dia dos penduras, dia em que os Meninos da Avenida se esbanjavam em maloqueiragem. 

Seu Nelo da venda não atendia nenhum de nós nesse dia.  Tinha certeza que ia levar um xexo na conta. Não dá prá esquecer a data de aniversário do dileto amigo Guilherme Fontes Braga.

Guila nasceu em berço de afeto. Um ninho de dedicação cultivado pelos pais Ulysses e Creusa. 


Na casa 1194 da Avenida da Paz ainda  chegaria no ano seguinte seu irmão Ricardo, que   com Guilherme, fazia  uma dupla de pelancos de urubu .  Marina, uma segunda mãe, e ainda Biu, pau prá toda obra. 

Depois chegaria ainda outro irmão, Felipe.  Uma família modelo para os meninos da Avenida.



Na infância, antes de entrar no ginasial,  e de fazer o exame de admissão no colégio Diocesano, tínhamos aulas particulares com , a tia de Guilherme D. Edla Braga, que morava em frente  lá de casa, na rua Silvério Jorge. 

Era severa e competente no ensino. Cuca também fazia parte do grupo de estudo, e vivia  às turras com Guilherme. A bem da verdade até hoje. Mas sempre se amaram. 

Guilherme e Cuca são um caso mal resolvido conforme os textos de Freud. 

Bem, numa dessas aulas de D. Edla, depois de umas provocações do Guila, Cuca sapecou por debaixo da mesa um chute nas canelas dele. Mas como sempre foi muito mal na mira, o chute atingiu as canelas da professora.  Foi um deus-nos-acuda. D. Santina, mãe de Cuca deve está ouvindo até hoje as broncas de D. Edla. Foi a glória para o Guilherme.

Ele sempre gostou de aprontar. Daqueles que perdia o amigo mas não a piada. E Cuca, que também aprontava com ele, era seu alvo predileto. 



Certa feita, já adultos, se encontraram, por acaso, cada um dirigindo seu carro, num sinal de transito. 

Xingamento prá lá, xingamento prá cá, Guilherme falou: “ Cuca, seu idiota, não tá vendo que o sinal abriu?”.  Cuca como sempre alvoroçado, passou a 1ª.  e BUM! Acabou com a traseira do carro da frente. Passou a marcha sem olhar o sinal, que ainda estava fechado.  2X0  para o Guila.

Placar da molecagem que não parou até hoje …
Homens com alma de meninos. Assim são os meninos da Avenida. 


Mas o espírito  desse grande companheiro que sempre prevaleceu foi o de conciliador, amigo de todas as horas, aliado, gentil, devoto, protetor. Resumindo - aquele que quer ver todo mundo bem. 

Isso sempre ficou muito claro quando os meninos da Avenida frequentavam o sítio do Tabuleiro dos Martins, do  pai do Gilherme, Dr. Ulysses Braga. Na época já era viúvo,  casando mais tarde com Tereza Wulcker, que lhe deu um novo irmão Nelson.

Era lá aonde passávamos fins de semana e parte de nossas férias.

 Guila convocava toda a turma da Avenida para um lazer saudável naquela casa de campo. E com tudo o que aquela bela família tinha direito -  campo de futebol, Jardim de fruteiras, Mesa de jogo de botão e o rango... HUMMMM inesquecível.  Tudo supervisionado pela eficiente Marina. Era a felicidade do Guila, dividir seu delicioso mundo com os amigos. 




Registrei no livro Meninos da Avenida e não poderia deixar de lembrar aqui também, a menina da Avenida, escolhida por   Guilherme pra musa e companheira. Namorou, casou e com nossa queridíssima amiga de infância, Cristina Peixoto teve três belos e afetuosos filhos, Guilherminho, Cristiane e Diogo. 

O mais velho vascaíno doente.  Tem como pendão seu pai e a cruz de Malta, como nós. 

Vida longa meu  amigo do peito.   





Um comentário:

Theo disse...

te amo vôoo