quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FOTOS REUNIÃO PALMEIRAS - 18 dez-2010

Reunião do Palmeira no bar da Lagoa:
Cáo, Bebé, Lelé, Carlito, Toinho, Humberto e Arnoldo GB, Milton Henio, Fernando Teles, Vadinho, Roberto Mendes, Dizinho, Batinga, Murilo Marinho, Walter Guimarães, Roberto Arainha, Alipio, Guilherme e Rui Palmeira, Fernando cotrim, Chiquinho Nemésio, Tulio, Ronald Mendonça, Tinho, Uchoínha, Chumbinho, quico, Jair, ...etc....












segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FOTOS ENCONTRO AVENIDENSES dez2010





AVENIDENSE: Último ENCONTRO do ano - PICUÍ seu Pádua
sexta-feira - 17-dez-2010
Tonho - Betuca - Chiquinho Nemésio - Walter Guimarães - Marcos Cintra - Lelé - Carlito - Paulo - Quico - Guilherme - Ricardo Braga - Waldo - Sérgio Nobre - Cuca










sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

RIBEMONT UCHOA por Lelé


RETRATO EM PRETO E BRANCO DE UM AMIGO COLORIDO


SEU BEMON


Final dos anos 50, chegavam novos moradores na casa Villa Olinda, Silvério Jorge, 274, que pertencia a Ezequias da Rocha e estava sendo ocupada antes pela família Baltazar Mendonça. Nossos amigos Mourinha e Duduca foram morar em Recife.

Em frente à casa dos nossos novos vizinhos um caminhão fenemê estacionava, e dele descia da boléia com dificuldade um homem gordo com jeito bonachão, sorrindo abertamente para aquele pivete neguinho curioso e desconfiado encostado no muro da casa. Foi admiração à primeira vista. Até hoje guardo aquela feição franca e amiga de Ribemont Uchoa, o seu Bemon.


Com ele chegaram a mulher Eurídice e os filhos Eurico,

da minha idade, e as meninas Kátia, Deise e Valéria e a casa tornou-se mais um abrigo para os meninos da avenida.



No coreto que ficava embaixo de um frondoso pé de manga espada, com parte da copa da árvore dando pra nossa casa, de vez em quando nos reuníamos, para tomar as nossas primeiras cachacinhas acompanhadas por um extraordinário sarapatel preparado por Dona Eurídice.


Costumávamos também depenar no quintal da casa os caprinos que roubávamos alhures, sempre sob a supervisão técnica e gastronômica do mestre Ribemont. Não se podia perder um pingo de sangue tirado do cangote do bicho para o preparo da buchada. Mais combustível na farra.

A família tinha um sítio em Urucu, na beira da BR para Recife, um pouco antes de Colônia. Quando o FNM, ferramenta principal dos negócios de seu Bemon, ficava disponível nos finais de semana, era uma festa para os meninos viajar na carroceria do caminhão.



Perto da casa do sítio tinha um riacho onde tomávamos banho, bebendo o laco-paco - cachaça, maracujá e mel de abelha, preparado com carinho por Ribemont, Ele passava meia hora sacudindo a mistura numa garrafa, como se fosse um liquificador. E dali a pouco a gente sabia que haveria uma galinha de capoeira ou um tatu pra traçar. Como dizia Emilio: vida arretada...


O trabalho de seu Bemon ficou menos intenso por causa do diabetes e problemas coronários. Começou a levar uma rotina mais caseira, em vez de andar por esse mundão afora montado no seu FNM, uma vida que escolheu e adorava.



Assim ficou sendo obrigatória a sua presença todas as noites na calçada da Villa Olinda. Virava a cadeira ao contrário e sentava debruçado no encosto da cadeira, olhando sempre em direção ao beco, hoje chamado Emilio Cardoso, espiando para o infinito. Botava um radinho de pilha de lado e ficava escutando o clube dos 11 de Brizola, esse sim, o cara pra Ribemont.



Naquela época, eu acostumava estudar para o vestibular no salão de frente de nossa casa, geralmente depois de namorar ou peniquerar. Estudava até de madrugada, e vez em quando, da janela espiava seu Bemon olhando pro céu e eu gritava que chegava já.



Me esperava com pedaços de cana caiana de primeira qualidade, cultivada no quintal. Cortava os roletes com uma peixeira afiada. Ficávamos chupando aquela doçura, ouvindo Brizola e jogando conversa fora. Neguinho, como carinhosamente me chamava, esse Brasil vai mudar para melhor, acreditava aquele homem que conhecia todo o país na boléia de um caminhão. Foi um relacionamento tão rico naquela fase de minha vida que ficou gravado para sempre na minha memória não volátil.



Já morando em Recife, fazendo engenharia, encontrei na Avenida Boa Viagem Mariozinho Leão que me deu de pronto a triste notícia do falecimento de seu Bemon. A imagem do gordo bonachão me veio à mente.


Quando Vadinho chega do céu, Dona Flor pergunta como era Deus. “Ele é gordo”, responde Vadinho. Minha teoria é que Jorge Amado tem razão. Para fazer uma criatura como a mulher o Todo Poderoso jamais poderia ser um magrinho, raquítico, a base de dieta. A mulher seria muito insossa. Para criar essa maravilha toda que conhecemos como mulher, a imagem do Todo Poderoso, pra esse ateu praticante, tem que ser a de um Gordo e Bonachão, assim como seu Ribemont.



Na época, menino de esquerda metido a poeta, lembro que com os olhos em lágrimas cometi o poema QUE PENA:



Ribemont morreu

De olhar pro céu.

Aí, Jucyra, morreu também.

Foi de saudade.

Que pena,

Jucyra morreu.



Não sei de onde tirei Jucyra. Hoje desconfio que seja algum pedacinho de minhas entranhas. Porém tenho certeza absoluta de uma coisa. Ribemont, com aquele coração tamanho de um fenemê, está espiando os meninos da avenida, daquele lugar pra onde ele tanto gostava de olhar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

AVENIDA DA PAZ E DA POESIA por Carlito

Fim da Primeira Guerra Mundial, 1918. Alagoas não foi à Guerra, entretanto, um filho seu, valoroso guerreiro, o então prefeito de Maceió, comemorou com três dias de festas a Paz Mundial. O povo dançou e bebeu na Praia do Aterro, no centro da cidade. Maceió é a única capital com praia no centro, no início da Rua do Comércio.

Durante o discurso, o prefeito emocionado, empolgado com as doses de cachaça, das boas, que distribuiu para o povo, prometeu: ali, naquele mesmo lugar, naquela praia de extensa areia branca, construiria uma ampla avenida com o nome de Avenida da Paz.
Como o prefeito era cabra decente, diferente desses de hoje em dia que fazem mil promessas e depois esquecem, logo cumpriu o prometido.

Construiu uma bela urbanização, duas calçadas paralelas, uma junto à pista de calçamento, outra do lado da praia; jardins gramados com desenhos arabescos, bancos de concreto e postes de ferro trabalhado, beleza de arte da fundição alagoana. Ao anoitecer o acendedor de lampião iluminava a bela Avenida. No lusco-fusco do alvorecer apagava os belos lampiões pendurados nos postes.

Tempos depois, o médico e poeta Jorge de Lima, morador da Praça Sinimbu, vizinha à Avenida da Paz, inspirou-se naqueles momentos para construir um dos mais belos poemas da língua portuguesa:
O ACENDEDOR DE LAMPIÃO
“Lá vai o acendedor de lampião da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente...”

Anos depois (1926), o competente prefeito Amphilóphio Melo – como poeta, Jaime de Altavilla – construiu o imponente, bucólico coreto e ampliou a urbanização da Avenida da Paz. Alem de excelente administrador, Jaime de Altavilla, morador da Avenida, foi um dos grandes poetas das Alagoas. Entre tantos, nos deixou esse legado:
SOBRE A AREIA DA PRAIA
“Minha terra possui sete léguas de Praia
Que El Rei doou por alvará
Sete léguas de renda e de cambraia
Por sobre a faixa verde dos coqueirais...”
Seu filho Jaime de Altavilla, além de excelente tenista, seguiu o rumo do pai. Intelectual, historiador, homem de cultura, é atualmente presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

Após a Revolução de 1930, para puxar o saco dos militares, o então prefeito da época mudou o nome da Avenida da Paz para Avenida Duque de Caxias, e por muito tempo ela assim foi denominada. Entretanto, o povo é sábio, continuou chamando de Avenida da Paz. No final dos anos 80, o bravo vereador Ênio Lins conseguiu aprovar projeto na Câmara de Vereadores, retornando o nome, definitivamente, para Avenida da Paz.

São poucas as cidades do mundo desfrutando de uma beleza cênica, uma praia no centro urbano.
Nos anos 60/70 iniciou-se a tragédia. Por falta de política e reforma agrária, aconteceu a invasão de trabalhadores rurais na cidade em busca de trabalho e de dias melhores, ledo engano, a urbe não era o eldorado que o campo pensava. Houve uma inchação na cidade, ocupação indevida, favelas foram construídas. O vale dos Riacho Salgadinho foi o mais afetado, mais de 15 mil famílias se estabeleceram sem condições de estrutura urbana. Consequência a poluição nos 14 km desse vale, dejetos fecais, lixo dos favelados transformaram o Salgadinho em esgoto a céu aberto, poluindo a mais bela praia da cidade, a praia da Avenida da Paz.

Em 1993 organizamos um “abraço”, mais de quatro mil pessoas, na foz do Riacho Salgadinho, bela manifestação popular. A Prefeitura respondeu com projetos paliativos, promessas políticas. Hoje, de concreto, foram iniciadas algumas construções pontuais para minimizar a situação. Enquanto isso a praia da Avenida poluída e adormecida em seu berço esplêndido, espera um dia ser novamente a Avenida da Paz, e da poesia.

(publicado na GAZETA DE ALAGOAS em 14-nov-2010)

sábado, 6 de novembro de 2010

FOTOS ANIVERSÁRIO LELÉ

CASA LELÉ (( GUAXUMA)
5-11-2010 (COMEMORANDO OS 65 ANOS ( 1 DE NOVEMBRO)
CUCA - TONHO -ADILSON - WALDO - ALBERTO- RICARDO BRAGA - TINHO - EURICO - TOÍNHO BODE - CHUMBINHO - EDU UCHOA - ROBERTO MENDES - SERGIO NOBRE - EVILÁSIO SORIANO

sábado, 23 de outubro de 2010

FOTOS ANIVERSÁRIO CHUMBINHO por Lelé

COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE CHUMBINHO NO BARRICAS (PONTA VERDE):
CÁO - QUICO - JAIR - NILTON - CIRIDIÃO - ALÍPIO - MURILO MENDES - MURILO MARINHO - ROBERTO MENDES - TINHO - WALTER GUIMARÃES - SERGIO NOBRE - EDUARDO UCHOA - EVILÁSIO - VADINHO- BETINHO MASCARENHAS - ARNALDO CALHEIROS - ADERBALZINHO - BRAGA LIRA - FERNANDO TELES - TOINHO BODE - WILSON - ROBINHO -LELÉ...