quarta-feira, 12 de setembro de 2012

VERA X QUICO 59+11=70² por Paulo Ramalho



Quico o décimo primeiro e último dos filhos de Benedita e Luiz Ramalho.
Com Suzel nossa queria irmã aqui presente, nossa querida e saudosa mãe iniciou a prole aos dezoito anos de idade, e encerrou aos trinta e oito.
Tivemos eu e Quico uma infância, adolescência e juventude bem próximos, pois fui o décimo.
Nossa infância na Avenida da Paz e em União dos Palmares, terra de nossa querida e inesquecível mãe, na Fazenda Fundão, onde moravam nossos queridos e também inesquecíveis tios avos Helena e João, ele irmão de nossa avo materna e ela irmã da avo materna de Vera.
Foi nessa Fazenda, em nossa infância, que nos conhecemos.
Hoje Vera e Quico formam um casal feliz que vivem há onze anos sob o mesmo teto.
Que Deus os façam sempre felizes.
Falar das peripécias de Quico seria prolongar essa festa por alguns dias.
Mas vejam com são as coisas, nossos tios Helena e João deram-me um cão que chamávamos de Barulho, era mestiço, mas de grande porte e bastante valente, tanto é que quando nos saíamos a pé ou a cavalo ele nos acompanhava e nossos tios ficavam tranqüilos, porque ai de quem se atrevesse a encostar em nos.
Mas Quico sempre reclamando que eu tinha um cão e ele não.
Por ironia do destino nossos tios deram a ele uma cadela que atendia pelo nome de Garota.
Existem inúmeras histórias desse período de nossa infância.
Estava se aproximando o tempo de pensar em faculdade e ele disse que queria estuda engenharia no Recife, apesar de que alguns parentes duvidarem da vitória.
Virou C.D.F. passou e bem no vestibular e hoje é sem sombra de dúvida um grande Engenheiro de Minas.
Fomos a sua formatura no Recife, na hora da entrega do diploma no Teatro Santa Izabel, nossos pais perderam a hora, engarrafados no trânsito, e eu tive que acompanhá-lo.
Havia naquela época no Recife, a tradição de quando o formando subia ao palco para receber o diploma, da geral gritavam o seu apelido.
Quase que volto, porque gritaram pausadamente Qui-cu- zinho.
Esse fato me fez lembrar uma época em que morávamos na Ladeira do Brito, defronte a casa de nossa tia Lú, irmã de nossa mãe, na casa onde hoje é a Casa da Palavra.
Ele havia chagado de Recife e nos encontramos na noitada, ele disse que estava cansado e pediu a chave da casa.
Diversas vezes nos encontrávamos nas noitadas, ele estudante liso e eu apesar de fazer faculdade trabalhava num banco e tinha não muito mas um pouco de dinheiro, dividia com ele o que tinha na carteira.
Mas voltemos ao caso da chave, quando cheguei em casa começou a novela, eu chamava Quico, Quico e nada, de tanto chamar já estava dizendo Qui-cu, Qui-cu.
Estávamos nos arrumando em nossa casa na Avenida da Paz, nº 1200, para irmos ao baile infantil no Clube Fenix, eu, Petrúcio e Quico, em pleno carnaval, nossa Mãe entregou logo um lança perfume Rodoro a cada um de nós.
Este fato já contei nos setenta anos de nosso irmão Petrúcio, comemorado em Salvador, no salão de festa do edifício em que mora nossa querida irmã Suzel, chamada carinhosamente de Dé.


Petrúcio danou-se a tomar porre no nosso quarto de vestir, rodopiou e bateu com tanta força com a perna na cômoda que havia no quarto, que nossa Mãe foi olhar o que tinha acontecido, encontrou Petrúcio com o lança perfume na mão, os olhos revirados ainda meio desacordado , tomou o lança perfume e disse não vai mais a festa.

Então eu disse Quico vamos nos aprontar o mais rápido possível e ir embora, quando estávamos prontos para sair, Petrúcio voltou a si e disse eles também tomam, nossa Mãe tomou os nossos lança perfume e disse acabou-se a festa.
Entrou pela perna do pinto e saiu pela perna do pato o Sr. Rei mandou dizer que Carlito contasse umas quatro.
Obrigado pela paciência de terem me ouvido, beijo no coração de todos e fiquem com Deus.
Aos queridos aniversariantes meus beijos , abraços e votos de que continuem muito felizes e permaneçam dom Deus.
Beijos.
Paulo 08/09/2012

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