sexta-feira, 23 de julho de 2010

NEMÉSIO SETENTÃO por Humberto Gomes de Barros

NEMÉSIO SETENTÃO

Da banda à frente

Brandindo a espada

Lá vai o Chiquinho

Liderando a parada


Dona Marieta

Quando o fez

Esqueceu de botar

Qualquer timidez


Música pra ele

Deve ser dançada

Moça bonita

Merece cantada


Festa só presta

Só for animada

E render ao menos

Uma namorada


De torneio esportivo

Era organizador

Tornando-se sempre

O goleador


Com o tempo a tesão

Lhe fugiu do pênis

Transferiu-se inteira

Para a quadra de tênis


Às mulheres dedica

Atenção e carinho

Amigo não deixa

No meio caminho


Com a vocação

De ser o primeiro

Chegou a Brasília

Para ser pioneiro


Em Selma tentou

Uma cantada nova

Para colocar

Sua lábia à prova


Mas aí teve fim

Sua longa carreira

De Casanova


Deixou de ser

Fogoso garanhão

De Dom Juan

Passou a camisolão


Para não deixar

O coração vazio

Fundou nova família

Santificada pelo compadrio


Chega aos setenta

Com trinta ou quarenta

De idade aparente

Com enxerimento

De adolescente


Não foge da luta

Nem dispensa festança

Em qualquer ambiente

Impõe sua liderança


Filho de Nêmesis

Da justiça agente

Cabeça fria

Coração quente


Como bom Aguiar

A vida inteira

Viveu a conjugar

Todos os tempos

Do verbo amar


Saiba Chiquinho

Agora setentão

Em cada compadre

Você tem um irmão


Sempre feliz

Jovial e bacana

Você é o eterno

CHICO CARAVANA

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