quarta-feira, 28 de julho de 2010

Velhos amigos da velha escola por Mendonça Neto

( Jornal Extra - AL
Edição de 24 de junho a 02 de julho de 2010 - Número 032)


Permitam os meus leitores que eu me volte para a idade da pureza, quando não carregamos a maldade no coração e somos amigos e somos irmãos.

Ontem recebi em minha casa no Rio de Janeiro, dois amigos de adolescência: O engenheiro Elmano Vasconcellos e o construtor Alex Pereira Soares. Alex vive nos EUA e Elmano foi meu padrinho de casamento. Ambos companheiros de uma época em que o Rio de Janeiro era uma cidade serena, pacífica e boa de se viver. Logo depois que eles saíram, folheando um livro antigo, minha mulher Karyna achou esta foto que o EXTRA publica. Nela, além de mim estão os amigos de calças curtas, que reverencio nesta coluna com saudade e emoção.

Lembrando Fernando Pessoa: "No tempo em que festejava aniversário, todos eram felizes e ninguém estava morto". Cito de memória e pode ser um pouco dife-rente. Pois lá na foto, estou na segunda fila entre Edilson e Paulo Roberto dos Anjos. Mas há também o meu querido companheiro Isnard Uchoa (que vive em Niterói), Claudio Gama (Engenheiro vitorioso no Recife), Luiz Fernando Vasconcellos (médico e irmão); José Claudio Ramalho de Azevedo (médico uro-logista vitorioso no Rio de Janeiro); Marcio Duarte (bom no futebol e que me mandou esta foto, através do meu filho Carlos Eduardo); Luis Evaldo Rios Leite (hoje diretor conceituado da construtora Queiroz Galvão); Bérgson Fernando Sangreman e Adavio de Oliveira e Silva. Adavio vive em São Paulo e é um dos mais respeitados hepatologistas do Brasil. Com livro publicado. Ainda vejo o Paulo Brandão, o Paulo magro, bom de bola. Ao seu lado o João Evangelista Tenório, amigo de infância que a vida cuidou de afastar de mim, lamentavelmente. A seu lado o Antonio Carlos, gráfico vitorioso em Maceió, e depois Radjalma, que morreu muito moço. Vem depois o Jacinto Mendonça e o Alexandre Nobre. Depois o Manoel Coqueiro, porque morava em Coqueiro Seco. O Antonio Carlos, filho do grande orador alagoano Antonio Santos. A seu lado o Marcio Augusto Martins Santos, precocemente falecido e que era muito meu amigo. A seu lado o Cuca, Alberto Nono de Carvalho Lima. E lá em cima, o Claudio Broad que se foi da vida aos 31 anos de idade, o Porciúncula, o Ari Mota, o Fernando, ex vereador em Maceió, e o Marco Antonio Pontes, da Amapon. O Luiz Alfredo da Viçosa, o Julio, excelente goleiro e o Mario Jorge, promotor de justiça. Guardo no meu baú de lembranças cada um deles, mesmo aqueles cujos nomes se perderam na poeira do tempo e peço permissão para publicar aqui esta foto que não tem política, mas apenas a memória de moços sem maldade no coração, sob a sombra dos oitizeiros do velho Colégio Diocesano, e que me visitam agora, na memória e a quem eu, em prece comovida desejo, onde quer que estejam, que sejam felizes como eu sou feliz, apenas em relembrá-los.

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