Da banda à frente
Brandindo a espada
Lá vai o Chiquinho
Liderando a parada
Dona Marieta
Quando o fez
Esqueceu de botar
Qualquer timidez
Música pra ele
Deve ser dançada
Moça bonita
Merece cantada
Festa só presta
Só for animada
E render ao menos
Uma namorada
De torneio esportivo
Era organizador
Tornando-se sempre
O goleador
Com o tempo a tesão
Lhe fugiu do pênis
Transferiu-se inteira
Para a quadra de tênis
Às mulheres dedica
Atenção e carinho
Amigo não deixa
No meio caminho
Com a vocação
De ser o primeiro
Chegou a Brasília
Para ser pioneiro
Em Selma tentou
Uma cantada nova
Para colocar
Sua lábia à prova
Mas aí teve fim
Sua longa carreira
De Casanova
Deixou de ser
Fogoso garanhão
De Dom Juan
Passou a camisolão
Para não deixar
O coração vazio
Fundou nova família
Santificada pelo compadrio
Chega aos setenta
Com trinta ou quarenta
De idade aparente
Com enxerimento
De adolescente
Não foge da luta
Nem dispensa festança
Em qualquer ambiente
Impõe sua liderança
Filho de Nêmesis
Da justiça agente
Cabeça fria
Coração quente
Como bom Aguiar
A vida inteira
Viveu a conjugar
Todos os tempos
Do verbo amar
Saiba Chiquinho
Agora setentão
Em cada compadre
Você tem um irmão
Sempre feliz
Jovial e bacana
Você é o eterno
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