( BLOG historia de alagoas em fotos - http://www.historiadealagoas.com.br)
Major Kleber, General Mário Lima e o governador
Arnon de Mello
O jovem
tenente Mário Lima
Mário de
Carvalho Lima nasceu em Maceió no dia 24 de outubro de 1908. Era filho de
Américo Araújo Lima e Amélia de Carvalho Lima.
Mesmo
ingressando na vida militar muito jovem, o que normalmente tenderia a lhe dar
uma formação disciplinadora e autoritária, Mário Lima desenvolveu um
temperamento conciliador, mais para diplomata que para soldado.
Major Mário Lima
Ingressou
em 1925 na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Cinco anos após era
declarado aspirante à oficial e designado para o 5º Regimento de Infantaria em
Lorena, São Paulo.
No ano
seguinte, em 1931, chega a 1º tenente e passa a servir no 20º Batalhão de
Caçadores, em Maceió, onde retorna ao convívio da família e dos amigos. Em
1932, embarca com o 20º BC com destino a São Paulo, onde participa da
mobilização militar que sufocou a chamada Revolução Constitucionalista.
Por ter
saído heroicamente da sua trincheira e socorrido um soldado e um coronel
feridos, que arrastou enquanto rastejava, foi convidado para ser Ajudante de
Ordem de um general no Rio de Janeiro, para onde levou toda a família.
Família Peixoto Lima
Em 1934,
casa-se com Maria José Peixoto Lima (Zeca), que se tornou a sua eterna
companheira e com a qual teve cinco filhos: Rosita, Mario Humberto (Betuca),
Carlos Roberto (Carlito), Américo José (Lelé) e Maria do Socorro (Socorrinho).
Com a
deflagração do episódio que ficou conhecido como Intentona Comunista, em 1935,
Mário Lima deslocasse com sua tropa para Natal, onde enfrenta fogo cerrado e
perde seu amigo sargento Jaime Pantaleão, alagoano de
Pilar. Foi Delegado da DOPS em 1937.
Comandante do 20º BC, coronel
Mário Lima
Em 1939,
compra a casa da Rua Silvério Jorge, em Jaraguá, que teria sido de uma amante
do governador Costa Rego e vai morar lá com a família. Carlito Lima, seu filho,
lembra assim da casa: “sempre festiva e aberta aos amigos, muitas vezes
funcionou uma espécie de exílio de perseguidos políticos a boêmios
desamparados”.
Já
capitão, em 1944, Mário Lima foi transferido do 20º BC para Escola de
Aperfeiçoamento de Oficiais no Rio de Janeiro. Um pouco antes do final da
Segunda Guerra, em 1945, foi estagiar no The Infantary School Fort Benning,
nos EUA.
General Mário Lima
Em 1946 é
promovido a major e regressa ao 20º BC em Maceió, quando consegue se formar
pela Faculdade de Direito. No início do governo de Arnon de Mello é chamado a
assumir o comando da Polícia Militar.
No período
entre 31 de março de 1952 e 6 de dezembro de 1954 assume o comando do 20º BC.
No final do governo de Arnon de Mello, no dia 2 de junho de 1955, lhe é
entregue a Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, Justiça e Segurança
Pública. Foi ainda Comandante da Guarnição Federal em Alagoas.
Mário Lima presidente do Orfanato
São Domingos
Mário
Lima ainda dirigiu a TELASA e teve participação atuante em sua comunidade.
Dirigiu clubes sociais e esportivos, como o CRB e Fênix Alagoana. Foi ainda
diretor do Orfanato São Domingos e provedor da Santa Casa, entre outros.
Foi
presidente da Federação Alagoana de Desportos, juiz de futebol, diretor do
Lions e Rotary. Era também reconhecido como excelente professor de matemática.
Como escritor, era membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e
recebeu o prêmio Jayme de Altavila da Academia Alagoana de Letras.
Mário Lima também foi provedor da
Santa Casa de Misericórdia de Maceió
O general
Mário de Carvalho Lima faleceu em Maceió quando tinha 84 anos, no dia 6 de
janeiro de 1983.
Obras:
– Floriano e Barroso, Maceió, 1939.
– Sururu Apimentado, Apontamentos para a História Política de Alagoas, apresentação de Franklin Casado de Lima e Paulo de Castro Silveira, Maceió, EDUFAL, 1979.
– A Revolução de 1930 em Alagoas, Revista do IHGA, v. 31, 1974-1975, Maceió, 1975, p. 31-57.
– Plácido de Castro o Libertador do Acre, Revista IHGA, v. 32, 1975-1976, Maceió, 1976, p. 135-148.
– Participação de Alagoas no “Trampolim da Vitória” – 2ª Guerra Mundial – 1941/1945, Revista do IHGA, v. 33, 1977, Maceió, p. 45-91.
– Assembléia Constituinte Estadual de 1935 Agressiva Campanha Política para Eleição Indireta do Governador do Estado, Revista IHGA, v. 36, 1980, Maceió, 1980, p. 43-68.
Fontes:
ABC das Alagoas.
Blog Meninos da Avenida.
Várias entrevistas e crônicas do seu filho Carlito Lima.
Site do 59º BIMtz. http://www.59bimtz.eb.mil.br/index.php/comandantes.
Arquivo pessoal de Américo “Lelé”, seu filho.
ABC das Alagoas.
Blog Meninos da Avenida.
Várias entrevistas e crônicas do seu filho Carlito Lima.
Site do 59º BIMtz. http://www.59bimtz.eb.mil.br/index.php/comandantes.
Arquivo pessoal de Américo “Lelé”, seu filho.
Coronel Mário Lima, Théo Brandão
e Carivaldo Brandão na operação salvamento do Gogó da Ema em 1955
Capa do livro Diário de um
soldado alagoano no front da Revolução de 1932
Capa do livro Sururu
Apimentado
Nenhum comentário:
Postar um comentário