Assistir a filme é
comigo mesmo. Rever filme antigo então nem se fala! Semanas atrás revi UM FIO DE ESPERANÇA, clássico de 1954, onde
John Wayne, piloto veterano, vive assoviando THE HIGH AND THE MIGHTY, trilha
sonora do russo Tromkin, ganhadora de Oscar. É daquelas musicas que ficam na
cabeça. Tenho assoviado freqüentemente.
Na última vez me lembrei de um encontro que tive com Rui Palmeira,
futuro prefeito de Maceió, numa confraternização de amigos, nesse fim de semana.
Ele, para mim, pode ser um fio de esperança para nossa amada e abandonada
cidade.
Depois de sucessivos maus
gestores de coisas publicas em nossa terra, os maceioenses não acreditavam mais
em ninguém, não tinham candidato em quem votar na última eleição. Tomando como
exemplos nossos Estados vizinhos, ficamos com inveja das gestões aplicadas por lá.
Não que os políticos de lá roubem menos,
mas principalmente porque eles vestem a camisa de sua terra natal. É realmente intrigante o que nossos políticos
conseguiram fazer com Alagoas, com Maceió. Estão sempre em último lugar em tudo
que é indicador social. Não é só a falta de qualificação e honestidade deles, é
principalmente a vontade de fazer pelo que é
de interesse publico, quando não
levam vantagem no empreendimento. É sabido
e notório que verbas destinadas a projetos públicos são devolvidas por falta de
aplicação.
Prá tomar minhas
cachaças com os amigos no centro de Maceió e cumprir a lei, viajo muito de taxi
de Guaxuma, onde moro, para lá. Mais da metade dos taxistas me disseram que já
tinham desistidos de votar nessas eleições por não acreditar mais em político
local. Quando conheceram a proposta e comportamento do candidato Rui Palmeira
mudaram de opinião. Foi como aparecesse uma luz no fim do túnel, um fio da
esperança, que fizeram eles acreditarem
numa gestão digna e competente que nossa bela cidade tanto merece. Rui
foi eleito no primeiro turno com quase 60% dos votos válidos.
Pois bem, nesse encontro
casual com o futuro prefeito, aproveitei para fazer uma reivindicação dos
moradores maceioenses de nossa faixa etária. O idoso, que foi esquecido pelos
nossos últimos alcaides, e que para
fazer seu exercício, tão necessário à sua saúde, tem que se deslocar e pagar
uma grana nas academias. Todas as
cidades bem administradas no país, têm em suas praças, espaços não maiores que
10 metros quadrados, com aparelhos disponíveis , adequados para a ginástica. Vi isso no Rio, Brasília e
Recife. Meus amigos dessas cidades
utilizam esses aparelhos freqüentemente sem precisar maiores deslocamentos. E é
gratuito para qualquer cidadão.
Bem, foi minha
reivindicação ao prefeito, em nome da melhor idade (melhor idade é o cacete!).
Rui Palmeira me respondeu na bucha: “ Lelé, já existem verbas específicas para
esse fim. É só usar...”. Não me prometeu nada, nem precisava. Pelo jeito da
reposta, sem enrolação, de pronto, com conhecimento de causa, me deu certeza que o projeto vai vingar. E quiçá seja também assim para educação, saúde,
saneamento, turismo,...
UM FIO DA ESPERANÇA. Vou
romper o ano assoviando THE HIGH AND THE MIGHTY.
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