quarta-feira, 27 de junho de 2012

HUMBERTO GOMES DE BARROS, SIMPLESMENTE COMPADRE BETO por Chiquinho Nemésio


                             Cheguei à Brasília em 04.12.1961, e o compadre Beto aqui já estava! O encontro casual foi inevitável. Amigos na infância, o reencontro em Brasília foi uma bênção! No carnaval de 1962 conheci Selma, carioca e filha de Português, hoje minha esposa, com quem me casei em 31.12.1963. Beto casa com Yvette, também carioca e filha de Português! Coincidência providencial, pois surgiu uma grande amizade entre as duas, com convivência quase diária, até hoje! São 50 anos de uma grande amizade! Desde então passamos os natais juntos (as duas famílias).  Ano bom em nossa casa (Data do nosso casamento) e natal na casa do Beto!
                           Nas nossas reuniões eu costumava dizer: No começo, era eu e o Beto. Agora somos:



 
Beto &             *Betinho -Débora, Pedro Paulo, Fernandinha e Carol
  Yvette                    *Lícia – Jefferson, Guilherme e Ana Júlia
 
                                            * Raquel –Fernando, Mariana e Fernandinho
                                             * Carlos Adolfo - Denise




 
Eu &                * Marcus Vinicius – Cristina, Mª Luíza, Izabela e Gabriela
Selma                     * Andréa – Ângelo ,Amanda e André
                                         * Cristiane – Tiago
                                         * Daniele –Konrad- Em Gestação


                      Vejam vocês, somos agora 28. Demos uma significativa contribuição ao povoamento do Planalto Central! Meu compadre Humberto não acreditava muito noutra vida. Era meio agnóstico, porém um grande cristão! Sempre esteve pronto a ajudar o semelhante! Pobre e rico foram ajudados por ele! Sei de pelo menos uns 7 ou 8 casos em que os ajudados são eternamente gratos ao Procurador Geral e ao Ministro! 

Em seus últimos meses de vida tive a felicidade de vê-lo receber o Frei Oslan, a meu pedido, em visita à sua casa, que foi, quero crer, o início de sua conversão! Nos últimos dias recebeu a visita, já no hospital, do Pastor Hércio, levado por seu filho Betinho e do Padre José Maria a pedido do Stéllio, culminando em sua conversão.

                       Ministro Humberto Gomes de Barros, homem de reputação ilibada, (por ele sempre pus a minha mão no fogo), sempre foi um bom amigo, bom pai, bom filho e bom irmão! Nós tínhamos um bom e respeitoso relacionamento! Nunca brigamos ! Nos casos mais sérios de vida sempre trocamos consultas e conselhos! E todas as vezes os resultados eram sábios!

                       Em outubro de 1963, nós, eu e o compadre, fomos de carro para o Rio. Era um Fusquinha amarelo escuro/1960, presente do Dr. Carlos, seu pai. Beto ia casar e eu visitar a noiva, com quem casaria em 31/12/63. Em Cristalina o motor do carro “bateu” e tivemos que voltar para Brasília. 

À época eu era sócio de uma oficina Volks onde o mestre Pedro fez o serviço de maquina. Eu como tinha problema de folgas no Banco peguei o primeiro ônibus para o Rio e o Beto esperou o carro ficar pronto. Detalhe: na volta de Cristalina, colocamos o carro em cima de um caminhão e voltamos dentro dele a tomar uma boa cachaça, aventuras de noivos! 

                    Muitos e muitos anos depois, quando o Internacional tornou-se campeão do mundo, fomos eu e o compadre a Maceió para o tradicional encontro da turma do Palmeiras. Beto convidou-me a ficar com ele em seu apartamento de 2 quartos na orla de Ponta Verde, foram 3 dias de gentilezas e atenções. O mais admirável foi ele me ceder o banheiro principal e ficar com o da empregada. Veja quanta hospitalidade e humildade; eu amigo/ irmão e compadre não o dissuadi a trocar de banheiro. 

Por essas e por outras é que ele era muito querido. Ainda hoje recebi uma ligação de um grande advogado de Brasília, amigo comum de longa data que chorou comigo ao telefone dizendo das qualidades de Beto Gomes e o quanto aprendeu com ele quando foram companheiros na OAB. Assim era o nosso Ministro.

 Companheiro de futebol de salão e de campo Humberto Gomes Barros, foi fundador do Gerovital juntamente comigo, Robertinho  e Edmundo Guimarães Figueiredo(Presidente), nos anos de 1964 quando jogamos no terreno baldio na SQS 115. Ele morou na SQS 315, defronte.

Fundadores do Gerovital éramos muito amigos e unidos. Tantos anos depois, já jogando à beira do lago, junto ao Cota Mil, Beto Gomes e Edmundo Figueiredo brigaram, não me lembro por qual razão. Amigo de ambos tentei por tudo fazer as pazes; em vão. Então fiz greve. Deixei uns dois ou três sábados de jogar em sinal de protesto, prometendo só voltar quando eles fizessem as pazes. Indo às “peladas” e não jogando não deu certo, reinava a intransigência.

 Então apelei para a carta de São Paulo aos Coríntios, onde fala na caridade/amor. Mandei uma cópia para cada um. Foi tiro e queda. Consegui a paz. Fomos todos à casa do compadre Beto. Eu mesmo fiz uma batida de limão com azuladinha de Coruripi. Foi um grande porre regado a lagrimas e alegrias, voltei a jogar!


Eu e Beto nos respeitávamos muito. Lembro de várias vezes que trocamos idéias e conselhos em vários casos sérios de nossas vidas. Todos os problemas foram resolvidos com serenidade, quão bonita foi a nossa amizade! Que grande privilegio foi ter Beto em minha vida.

 Não fosse a grande amizade entre as nossas mulheres talvez a nossa convivência não fosse tão assídua. Foram vários e vários Natais juntos em Brasília. Naqueles tempos, “criamos” a nossa família. A nós dois juntaram-se Robertinho , Celso Martins da Silva, Marcello Campello, Pedro Henessy, Amaury Ramos, Stellio Seabra, formando uma grande e solida confraria. 

Caros amigos, fosse eu contar aqui todas as historias daria um grande livro. Foi uma década, a de 60, com freqüência assídua ao Clube do Congresso. Nossos filhos ainda pequenos apreciando os pais jogarem futebol de salão e campo. De 1970 em diante o clube foi o Country , junto ao Catetinho. Futebol e churrasco todos os domingos.  Foram 5 anos de Diretoria. Beto 1º secretário e eu 2º segundo secretário. O presidente era Dr. Geraldo Guimarães. Beto, sócio fundador do Country Club, redigiu seus estatutos. Depois nos mudamos para o Lago Sul, em cujas casas, aos domingos degustávamos deliciosos churrascos, revezando as residências. E a confraria continuava reunida e assim continua até hoje. Amizade fraternal, muito linda. 

Tive a felicidade e honra de ouvir, no velório, de dois filhos do meu compadre Beto a seguinte frase: “Agora o senhor é o meu pai”. As famílias foram se entrelaçando: eu e Selma padrinhos da Lícia (filha) e da Fernandinha (neta), meu filho padrinho de Ana Julia, filha da Lícia e meu sobrinho neto tá namorando a Carol, filha do Betinho. Nós fomos padrinhos de casamento de todos os filhos dele e vice e versa. Compadre Beto nasceu no mesmo dia em que nasceu minha mãe: 23/07 quando faria 74 anos. 
 
Finalmente faço questão de frisar a fibra inquebrantável da minha comadre Yvette que nunca se deixou abater, alimentando esperanças até o fim. Foram quatro anos de incansável dedicação, fez tudo o que podia, tudo, tudo. Creio que a ficha ainda não caiu para nós.

 O vazio é grande, enorme, a vida sem o compadre Beto será diferente, o “cara” era uma referencia. A adaptação será dolorosa, como foi durante a sua enfermidade. Luta sofrida, mas sempre alimentada de esperança.

Compadre Beto, que Deus o tenha em bom lugar, pois você merece, lembranças nossas ao Capixaba, Marcelo, Geraldo Lopes e outros.
Brasília, 14 de junho de 2012.

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terça-feira, 26 de junho de 2012

SÃO JOÃO DE SAUDADE por Milton Hênio


Hoje é dia de São João. Nesta época, o nordestino canta, dança e se farta com a boa comida regional como a pamonha, a canjica, o milho verde, bolos etc. Porém, na música, está o ponto alto dos festejos, como o forró, o baião, o xaxado. E nessa música que anima, que entusiasma, está a figura inesquecível do saudoso Luiz Gonzaga, que este ano completa o seu centenário de nascimento.

Ontem, completaria 74 anos o meu caríssimo amigo Humberto Gomes de Barros que partiu há 15 dias para a eternidade, vítima do terrível câncer. Fomos companheiros na adolescência, nas brincadeiras lá no Parque Gonçalves Lêdo, e o Beto, como o chamávamos, conseguiu com sua inteligência, simpatia e modéstia, galgar o elevado título de ministro do Superior Tribunal de Justiça, onde ganhou prestígio e projetou o nome de Alagoas. Em sua posse na Academia Alagoana de Letras, pois é autor de vários livros, Beto recorda os momentos vividos com os demais amigos lá no Farol.


Partiu numa época em que ele adorava viver e recordar. Assim é a vida. Ele deixou a todos os que aprenderam a admirá-lo uma lição de honradez, de dignidade profissional e fidelidade às suas convicções. Que ele descanse em paz!

Luiz Gonzaga, no seu repouso eterno, deve estar dizendo: “Acorda, povo, que São João chegou!”. Acorda “sanfoneiro macho”, desperta “assum preto”, e vem cantar sob o “luar do Sertão”.

A música faz parte dos festejos juninos de forma admirável. E Luiz Gonzaga é o sinônimo de festas juninas. Até hoje, depois de tantos anos falecido, suas encantadoras músicas não deixam de ser ouvidas em todos os lugares onde se comemora o São João.

Asa Branca, Feira de Caruaru, São João na Roça, e tantas outras que alegram o viver do povo nordestino nesses dias de junho.

O tempo foi passando e as pessoas foram se sucedendo como se sucede uma guarda.
 O Parque Gonçalves Lêdo era o sonho de nossas vidas; brincadeiras, jogos de pião, de futebol entre os eucaliptos, passeios de bonde e as inesquecíveis festas de Santo Antônio e São João.

Eu tenho uma saudade imensa do São João da minha infância. As fogueiras enchiam as ruas, pois não tinha pavimentação. Toda casa tinha uma. Quando restavam só brasas começava a cerimônia dos compadres e comadres. “São João dormiu, São João acordou. Vamos ser compadres que São João mandou”.

Aquela felicidade passou, porém, no meu coração a fogueira da saudade continua ardendo sempre.

GAZETA DE ALAGOAS – DOMINGO – 24/06/2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

AVENIDA DA PAZ por Paulo Ramalho


A paz não era apenas no nome como nos dias de hoje, era realmente o grande momento de paz e felicidade que se vivia  naquela época, pois morávamos na casa de nº 1200 da avenida acima citada.
Nossa mãe era natural de União dos Palmares, e nós passávamos um mês no meio, e três no final e início do ano, em uma fazenda naquele município, pois assim era o período de férias naquele tempo.
Fazíamos a viagem de trem, e quando chegávamos de volta a Estação Ferroviária de Maceió, o carregador pegava nossas malas e levava até nossa casa, e não havia necessidade de acompanhá-lo.
A nossa irmã Ângela, a oitava de cima para baixo, já casada voltou a morar conosco, seu filho primogênito, Geraldo Luiz, nascido no dia 13 de setembro de l961, que herdou o primeiro nome do pai, e o segundo dos avós, acredito que ao redor de seus dois anos de idade, muito traquino que era, encontrou os portões da casa abertos, foi para rua.
Quando estava atravessando a rua, foi visto por um motorista de carro de praça, naquela época não havia taxi, conhecido pelo apelido de Bagre, que estacionou o carro, segurou Geraldo Luiz, colocou-o em seu braço e foi levá-lo em nossa casa, pois nossos pais usavam com relativa freqüência o seu carro.
Hoje ele seria atropelado ou raptado.

Estes fatos, do carregador e do motorista, bem caracterizam a paz que vivíamos naquela época.

Não me recordo qual era a praça do carro do Bagre, se no oitão da Igreja do Livramento, ou se no início da rua Moreira Lima, defronte a Igreja do Rosário.
Além das duas praças citadas, havia uma ao lado do Cine Ideal, próximo ao Mercado Público, e outra na Praça Palmares, conhecida também como Praça do Relógio, onde havia um bar com esse nome,  bem freqüentado pelos boêmios.

Também era próxima ao Hotel Bela Vista, que tinha ao lado uma linda casa que pertenceu ao marido de uma tia avo, grande comerciante da época. Tanto o hotel como a casa, eram de uma arquitetura belíssima, e foram vítima da insensatez de nossos dirigentes, que permitiram ou fizeram vista grossa a demolição daquelas obras de arte da arquitetura e engenharia, que deveriam permanecer em pé para orgulho de nós alagoanos, e ponto de visitação turística, a exemplo do prédio da Associação Comercial, em Jaraguá.

Tivemos um engraxate que me acompanhou desde menino de calça curta na avenida, casei fui morar na Pajuçara e depois no Farol, e ele toda semana ou a cada quinze dias ia engraxar os nossos sapatos.

Indiquei a alguns parentes e a amigos, e ele ia frequentemente a casa de todos, seu nome era Joventino, mas eu o chamava de Guerreiro, pois ele gostava muito da dança e fazia parte de um grupo de guerreiro.

No final do ano ele aparecia no início do mês de dezembro, deixava os sapatos nos trinques para o final do ano, recebia suas festas e somente voltava no ano seguinte, pois sempre viajava com seu grupo de dança para outros estados, inclusive Brasília.


Quando tinha um sapato que queria mudar de cor, ele levava para sua casa, pois era um trabalho mais demorado, trazia de volta quando ficava pronto, e não sabíamos onde ele morava.

Os sorveteiros da época nos vendiam sorvete ou picolé na praia ou na avenida, e como não andávamos com dinheiro, depois iam receber em nossas casas.
Há tempo bom!!!

Hoje saímos de casa sem saber se vamos voltar, tal está a violência.
Vivemos sempre preocupados com os nossos filhos, netos, entre outros parente e amigos.

Escrevo isso porque sou vítima dessa violência maldita e covarde, provocada e incentivada pelos poderes constituídos de nosso País, principalmente de nossa Alagoas e de nossa querida Maceió.

Tanto é que não temos a quem e de nada adianta apelar.
Os recursos são para as maracutaias restando muito pouco ou quase nada para saúde, educação, segurança, entre outras, a prova está aí patente.

Temos uma grande prova do descaso em nossa avenida, onde deságua o antigo Riacho Salgadinho, onde tomávamos banho, pescávamos e andávamos de jangada de tronco de bananeira por nos fabricada, e hoje um vergonhoso esgoto a céu aberto, em pleno Século XXI, poluindo a praia que já foi uma das mais belas do litoral alagoano, e a mais freqüentada, em função de sua localização, praticamente no centro da cidade.

Será que nós antigos “Meninos da Avenida”, na  idade que nos encontramos, teremos a felicidade e o prazer de ver voltar o Riacho Salgadinho, e tomar um banho em nossa querida praia da Avenida ?

Só Deus sabe.

Paulo Ramalho
Junho/2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

MARECHAL HUMBERTO GOMES DE BARROS por Lelé



Ontem não pude comparecer a sua missa de 7º. dia devido a uma  virose que vem me acompanhando há uns três dias. É a PDV - porra da velhice.


Contudo o blog dos Meninos da Avenida não podia deixar de homenagear um dos mais ilustres alagoanos de nossa época: Humberto Gomes de Barros. Além de grande homem publico, foi até presidente do STJ, era na sua simplicidade, um grande amigo dos Meninos, inclusive sendo um dos colaboradores de nosso livro.
Na ocasião do lançamento de seu gostoso livro NOSSA SENHORA DO BRASIL,  em Maceió, setembro de 2009, nos prometemos refazer uma viagem histórica quando partindo de Penedo, fomos até o Canyon do São Francisco, antes que a usina de Xingó fosse construída. Isto foi em janeiro de 1986. Nos acompanhavam Toinho Bode Cheiroso, Cleves Calado e Daniel Simon com respectivas famílias. Foram quatro dias de aventura numa chalana típica do Velho Chico, parando nas cidades ribeirinhas e dormindo ao leo.

Ultimamente, quando nos encontrávamos, prometíamos em breve nos aventurarmos novamente, pelo menos a viagem de Penedo até à belíssima Piranhas. Amigo Beto,  prometo refazer essa viagem. Você estará presente a cada minuto.  
     
Abaixo seu último e-mail para mim, em 7 de março de 2012.

Amigo Lelé,
acabo de ler a crônica do Carlito, dando conta que morreu a Nêga Odete. Fiquei imensamente triste, até porque dediquei a ela um capítulo do livro que deverei publicar no próximo mês. Melhor: o Ênio Lins ilustrou o texto com uma belíssima gravura. Gostaria de que ela tivesse visto.
Abs
Humberto Gomes de Barros

Os fatos da província sempre foram sua preocupação precípua e os insumos para sua literatura. Além do mais  tendo ao seu lado como Sancho Pança de seus livros o genial Ênio.  Isso faz a gente ficar ansioso para pegar seu novo livro SEXTA FEIRA 13, história do tiroteio na assembléia legislativa de Alagoas, e degustá-lo deitado numa rede bicando uma cachacinha de Joaquim Gomes, que você tanto gostava.

 Grande Marechal Humberto, aí junto de São Pedro, como ilustrou o Ênio, espie para nós, padecendo com sua falta.  






MENSAGEM DE BETO GOMES DE BARROS AOS AMIGOS DO PALMEIRAS EM DEZEMBRO DE 2011.   (clique na foto para aumentar)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

CONVERSA NO FACEBOOK: CSA X CRB por Lelé


 O FACEBOOK é uma beleza. Comecei com um artigo do museu dos esportes sobre a atuação do Papai como juiz de futebol, e como foi citado Paulo Pedrosa como presidente do CSA, Sergio Moreira comentou, e assim por diante, varios amigos concatenaram comentarios até chegar na rivalidade CSA X CRB. Não podia deixar de colocar no nosso blog esses dialogos.
  
MARIO LIMA como juiz de futebol.

Interventor obriga CSA jogar com o CRB


Museu dos Esportes


Mario Lima o juiz da partida


Em 1941 aconteceu um fato interessante envolvendo os tradicionais clubes da cidade. Um caso que mostra como era a rivalidade entre CSA e CRB. O clube azulino tinha sido campeão no ano anterior e o clube da Pajuçara contratou alguns jogadores de outros Estados para reforçar sua equipe. O Interventor de Alagoas, Ismar de Goes Monteiro, achou que um jogo entre azulinos e alvirrubros, poderia arrecadar fundos para a campanha de ajuda aos leprosos. Em princípio, o presidente do CSA, Paulo Pedrosa não aceitou participar do jogo. Achava que, naquele momento, o CRB estava muito melhor pelas contratações que havia feito. Dizia que o CRB queria vencer o campeão de qualquer maneira. Mesmo assim, aceitou comparecer ao Palácio dos Martírios para conversar com Interventor Góes Monteiro e o presidente do CRB Rui Palmeira. Devido as pressões recebidas pelo Interventor, e os conselhos de amigos, Paulo Pedrosa aceitou o desafio, mesmo contra sua vontade. Quando Rui Palmeira indicou para apitar a partida o tenente Hugo, o CSA não aceitou. Para os azulinos, Hugo era torcedor do CRB e, deste jeito não tinha graça. A situação somente ficou calma quando indicaram o major Mário Lima para apitar a partida. O jogo foi realizado no Mutange. O CRB estava estreando Miguel Rosas, Lisboa e Luiz Hamilton. No final, a grande supressa da tarde: vitória do CSA por 3xO.


O jogo foi realizado no dia 12 de outubro de 1941. Os gols do CSA foram de Pedrinho, Emiliano e Toscano. O juíz foi Mario Lima e o azulino ganhou com Palito, Raul e Nhô, Paurilio, Prazeres e Rui Craveiro, Clywton, Emiliano, Pedrinho, Sales(Toscano) e Murilo. O CRB perdeu com Lisboa (Periquito), Osvaldo e Miguel Rosas, Ventania, Gabino e Luiz Hamilton, Cão, Ramalho, Arlindo, Duda e Luiz Quirino.



  • 1941: Paulo Pedrosa, meu avô, era o Presidente do CSA, Rui Palmeira presidia o CRB e o juiz era o então Major Mário Lima, depois General. Um timaço!

MARIO LIMA como juiz de futebol.

Interventor obriga CSA jogar com o CRB

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Pedro Oliveira Para honrar a tradição e deixar o velho e sábio Paulo Pedrosa feliz que tal o nosso Sergio Moreira presidindo o nosso querido CSA? Nesse eu acredito.
Sergio Moreira Pedro, só se os Limas, Carlito Lima, Americo Lelé Lima e Mário, formassem o trio de arbitragem, e o Rui Palmeira presidisse o CRB!
Sergio Moreira Paulo Pedrosa presidiu o CSA por oito bem sucedidos anos durante os quais adquiriu o Campo do Mutange? A história do Americo Lelé Lima sobre a intervenção do Interventor é verdadeira, ouvi-la vôvô Paulo contar algumas vezes com muito humor, pois ele era grande amigo de todos os personagens envolvidos, mas quando se tratava de defender os interesses do CSA a coisa ficava séria. Abraços, Pedro.
Não conhecia essa história caro Sérgio. Alguém deveria escrever a história do CSA. Não me candidato pois mal sei o que é uma bola. Para se ter uma idéia nem Copa do Mundo assisto. Quando o Luis Abilio era vivo eu ainda ia para "perturbar" e...Ver mais
Sérgio, essa rivalidade saudável precisa ser cultivada. Interessante é a história policlassista da rivalidade entre CSA e CRB. Houve época em que o presidente de um era o dono de uma loja e o presidente do outro era um dos seus empregados. ...Ver mais
Sergio Moreira Também acho, Golbery. Mas se você não escrever sobre isso, quem escreverá? Abs
Gostei do seu texto sobre o Beroaldo. Creio que seria necessário juntar a reflexão do tipo que ele fazia com a reflexão sobre os sujeitos políticos do desenvolvimento alagoano. Aparentemente, o Estado é o sujeito, mas isso é apenas a aparên...Ver mais
Americo Lelé Lima Grande Paulo Pedrosa, um dos maiores conhecedores do complexo lacunar de nossa terra. Assisti muitas conversas dele com Dr. Roland Simon na Ilha do Fogo. Nós, pivetes, calados e admirados. Desconheço qualquer livro escrito por ele sobre as lagoas. Existe, sergio?
Tania De Maya Pedrosa TEM, SIM, UM TIPO CATÁLOGO, COM ARTIGOS IMPORTANTE...PESSOAS DAQUELA ÉPOCA, ENVOLVIDOS PELO IDEAL DE SALVAR AS LAGOAS E , CONSEQUENTEMENTE,O SURURU // POSSUO ALGUNS DOCUMENTOS SOBRE A ATUAÇÃO DO MESMO,.......ENQUANTE FERVOROSO---CSA---
Americo Lelé Lima Oi, Tania, será que eu encontro esse documento nas bibliotecas publicas?
Ricardo SimõesSergio Moreira, vc também tem um lado Regateano via Ismael Aciolly.
Ricardo Simões Informação hitórica relevante. O terreno do Mutange que serve de sede ao CSA foi doação de Paulo Pedrosa.
Golbery Lessa Seria interessante saber por qual motivo o estádio do Mutange se chama Gustavo Paiva. Ou seja, qual foi a causa da homenagem.
Tania De Maya Pedrosa RICARDO, MEU PAI, DEIXOU COMIGO ALGUNS DOCUMENTOS...TERÃO DESTINO.ABRAÇOS DA PRIMA.
Tania De Maya Pedrosa TIO ISMAEL ACIOLY, UM DOS MAIORES FOTOGRAFOS ALAGOANO........ERA VIDRADO POR ESPORTE.PAULO PEDROSA E ISMAEL, ERAM REMADORES.......
Tania De Maya Pedrosa RESPOSTA, DA MINHA PARTE, POR UM DOCUMENTO E ESTÓRIAS DE FAMILIA-MEU TIO, ARISTEU TEIXEIRA BASTO E O PAI.,ERAM OS VERDADEIROS DONOS DO TERRENO....O COMENDADOR GUSTAVO PAIVQ[AVÓ DE LAIS P. CARNAUBA], CASOU-SE COM DONA JUDITH,
Tania De Maya Pedrosa DONA JUDITH, IRMÃ DO MEU TIO, COMENDADOR ARISTEU TEIXEIRA BASTO.....PROPIETÁRI0OS DA FABRICA DE TECIDOS DE RIO LARGO.......ÉPOCA PRÓSPERA E HOMENS SERIOS QUE FIZERAM RIO LARGO.SAUDADES!.....
Tania De Maya Pedrosa CARO LELÉ LIMA.VEJO A HORA DO LIVRO SAIR DÁQUI.!................FALE COM SERGIO[ELE MANDA EM MIM....]EU TENHO ALGUMA COISA, INCLUSIVE A CARTA DO ARISTEU, PARA MEU PAI!!!!!!!!!!!
O jovem Gustavo Paiva sucedeu o sogro no comando da indústria da família no final dos anos 1920, e herdou o terreno. Mas pode ser que, além disso, ele fosse um dos patrocinadores do CSA. Por outro lado, a família Peixoto, de Penedo, proprie...Ver mais
Tania De Maya Pedrosa lamilia lobo, tinha fabrica, no mutange.sou amiga de eneida[lobo], esposa do falecido ciro rocha----.peixoto também tinha fabrica em pilar e o diretor era dr. eduardo silva[meu tio]---.o documento[carta] é escrito por aristeo teixeira basto.
Tania De Maya Pedrosa paulo pedrosa, meu pai, comprou a então -FABRICA DE MOISACOS----, situada na avenida da PAZ, ao snr.GUSTAVO PAIVA.TINHA kligações com os tamiliares.
Ricardo Simões Pessoal, tenho um tema relevante entre dois tios bisavô. Ismael Accioly e Osório Gatto. O primeiro tio avô de minha mãe, o segundo, tio avô de meu pai. Travaram um duelo dentro de um bonde em Maceió. Tio Ismael presidente do CRB e tio Osório Presidente do CSA. Décadas depois meus pais se casam.
Ricardo, essa história está também na internet. "A marca da rivalidade
A marca da rivalidade. Certa vez, lá pelos anos 30, o CSA enviou ao CRB, um “Oficio-convite” para a realização de uma partida amistosa. O clube da Pajuçara aceitou o des...Ver mais
Carlos Otávio Fiúza Ordem unida de Alagoas: o azul e o encarnado, militares na alta cúplula do Estado, civis do entorno.
Ricardo Simões O abraço entre os dois, Golbery, salvo engano, ocorre na Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.
Tania De Maya Pedrosa MARUJA FILHA DE ISMAEL., MINHA PRIMA, CONTA ESSA HISTÓRIA.ISMAEL CLARK ACIOLY, MEU TIO AVÔ.
Tania De Maya Pedrosa TIO ISMAEL, TRABALHOU NO BANCO DE LONDRES,RIO DE JANEIRO.
Ricardo Simões Infelizmente não conheci tio Osório. Tio Ismael conheci quando morei no Rio por cerca de 100 dias para realizar uma operação cardíaca, por conta de um problema congênito, no inicio da década de 70. Morei parte desese dias na casa de tia Benita, tia de minha mãe, mãe de Tania e avó do Sergio Moreira. Creio que a bala alojada era no abdômen.
Tania De Maya Pedrosa RICARDO, TENHO MUITAS LEMBRANÇAS DESSA ÉPOCA/////ACHO QUE A BALA ERA NO ABDOMEN, NUNCA RETIROU..MAS SE MUDOU DE MACEIÓ.
Tania De Maya Pedrosa LEMBRANÇAS DA ÉPOCA DA SUA OPERAÇÃO.
Carol Simon Great picture. I don't see the family resemblance.